quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O Integralismo Lusitano

Lisboa, 7 de Abril de 1915

Os intelectuais ligados ao movimento Integralismo Lusitano promoveram uma série de conferências na Liga Naval Portuguesa sobre o tema A Questão Ibérica. O mentor do grupo, António Sardinha, defendeu a identidade portuguesa no conjunto peninsular. Esta posição é uma das traves-mestras do ideário integralista, monárquico, católico, inspirado em Charles Maurras, Bermanos e outros escritores da Action Française.
O integralismo visa integrar valores do passado colectivo nacional na nova ordem. Procura ligar o ancestral e o moderno. Na revista do movimento, Nação Portuguesa, fundada por António Sardinha, Alberto Monsaraz e Hipólito Raposo, têm colaborado José Adriano Pequito Rebelo, Francisco Vieira de Almeida, Luís Cabral Moncada, entre outras. À filosofia positivista, subjacente ao republicanismo, contrapõem os integralistas uma reflexão prospectiva do passado para construir o futuro.
Ao «verbo maldito» de Junqueiro que esperava o renascer da Pátria com o advento da República, opõem a revalorização de arquétipos históricos e a construção de uma monarquia, vivificada pelo espírito dos novos tempos.
O integralismo é uma reacção contra a anarquia e desperta a adesão de largas camadas da juventude.


In Diário da História de Portugal, de José Hermano Saraiva e Maria Luísa Guerra, p. 504.

2 comentários:

  1. Belos posts, Pires! A cultura é muito importante neste espaço... Não nos percamos só na política, e tenhamos sempre presentes os mais elevados ideais da Renascença Portuguesa.

    Abraço MIL.

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  2. P. S. Como é óbvio, o Integralismo Lusitano não é parte deles, mas não o desprezemos: teve gente de muito valor, e é uma espécie de contraponto, que só nos ajudará a pensar melhor e a afinar estratégias.

    Os de Orpheu, em boa parte, na maior parte, são dos nossos.

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