quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

o tempo________esse predador




o tempo________esse predador. fulminoso regaço. fuzilante poço_____________cativa de um doce naufrágio desloco o sujeito do verbo em frondosa arritmia para que mais tarde na geometria da acção que foi causa e espinho haja o pretexto e o consenso da tua celestial ambição_________eu diria que deste ao tempo a messiânica sombra do adeus. em teia. minucioso tear dos contrastes. assombro das oliveiras. mortas. tão secas. e sabendo que o tempo é de agudíssimas horas extremas sou tão ampla quanto a vida e a morte na genuína imobilidade de uma agulha faúlha estilete raras e corpóreas lamas e feridas indissolventes estacas como harpas tensas e átonas. estátuas. o tempo? uma viagem arca gruta estrutura do sono coma o nome das imagens que a alma estrepa. estaleiro ressonante de gritos e de búzios. tudo partido. é real apenas o único momento em que a idade é mais forte que a urna. e as esporas que já foram delírio são agora insubordinadas vértebras.

17 comentários:

  1. obrigada a quem teve a gentileza de corrigir a apresentação deste post e desculpas pela in.sabedoria de o colocar correctamente.

    vou aprender.
    :)

    abraço.

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  2. Um poema que põe os segundos nas horas.

    Espantoso este código. Único.



    Obrigada Poeta.




    Abraço MIL

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  3. Não tem de quê, estamos cá para isso.

    Abraço MIL.

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  4. É um enorme prazer poder fruir aqui as tuas palavras, Isabel. “diria que deste ao tempo(____ esse predador) a messiânica sombra do adeus.” como só tu sabes.

    Excelente como sempre.

    Observação muito pessoal: devido à colocação da foto ao lado e não em cima, este texto poético ficou quebrado onde não devia e deste modo não se cumpre em toda a sua plenitude.
    Sugeria que, ou retirasses a foto, ou a colocasses no topo.
    Há textos que não se deixam uniformizar, textos onde é contra-natura seguir as regras.

    Beijo, I.

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  5. O lugar em que a foto se encontra (à esquerda do texto), foi assim colocada pela autora.

    A Administração do blogue limitou-se a retirar o bold/negrito do texto, e a colocar as etiquetas.

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  6. Claro, Renato. A minha observação é mesmo para a Isabel. Fui eu que lhe disse, e por isso culpado sou, que as normas faziam com que as fotos ficassem colocadas à esquerda. Embora agora também as veja à direita e nada tenha contra isso.

    Abraço.

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  7. Não há essa norma. Simplesmente, por uma questão de economia de espaço, e sempre que a imagem é apenas ilustrativa e não arte maior (quadro ou fotografia de autor), temos optado por as alinhar à esquerda do texto. Porque quando são arte (e até no caso de alguns cartazes, para que as letras fiquem legíveis), as temos estendido à largura da página, ou conservando-as acima do texto, em lugar de destaque.

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  8. As imagens à direita do texto, foi uma opção estética só para o «elogio» mensal do blogue.

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  9. Tens toda a razão e basta dar uma olhadela ao blogue para o confirmar. Mais uma razão para me sentir culpado de ter induzido em erro a Isabel.

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  10. PS: Não sei onde fui buscar a ideia, mas em qualquer altura devo ter lido algo que me levou a pensar isso.

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  11. Isabel, o meu pedido de desculpa.

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  12. Grande confusão que vai para aqui... :)
    Olha eu fiz um post que a imagem está à direita do texto, mas porque é copy de notícia do Correio da Manhã e lá está à direita.

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  13. O engano foi meu, Klatuu.

    Disse à Isabel que podia publicar com fotos, mas que estas deviam estar à esquerda do texto.

    Só quando vi como ficou, é que conclui que não podia ser assim. Este é um texto poético que tem de se estender.

    A culpa e a confusão é toda minha.

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  14. Ei-lo.

    Texto de uma firmeza e de uma clareza arrasadoras.



    Obrigada I.


    Abraço MIL

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  15. PS: Cumpre-se o texto e também o óleo de IMF

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  16. sem mais palavras.


    belíssimo.


    aqui como em qualquer lado.

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